Soneto pelo avesso

Fuja enquanto meu verso inda escorre,
toma um porre, ao sinal de uma chama.
Soma o drama, sem sal que transcorre,
cuja alforre eu transverso em pijama.

Mas não clama o meu coma e o meu mal,
Sê um normal e enferruja em perverso,
Crê que imerso, em coruja, ao mingau.
Faz-se o tal de um mioma em malverso.  

Tudo anverso, em por quê e dito cuja,
tão mais suja, ao detrás do hematoma.
Não me embroma ao lilás, sobrepuja...

Mudo a tuja, e a dorê, o meu diploma,
pois redoma é o que então vem por ás:
dois em paz, é o que iludo ao guichê.
Amargo
Enviado por Amargo em 30/05/2011
Código do texto: T3003835