Soneto à um Fim

Certa vez ela me disse, - sinto-me sozinha-

Gosto da sua presença, mas não posso

Fazer do que é só meu, algo nosso

Não posso andar, por onde você caminha

Olhei em seus olhos tão cansados

E enxuguei a água que vertia

Mesmo chorando, ela sorria

Sem querer, pelos lábios apertados

Estava perdido nos braços dela

Me perguntando como faria

Quando ela saísse e apagasse a vela

Me perguntei como seria

Quando eu olhasse pela janela

Ela sumir, na noite que morria

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 31/05/2011
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