TEMPO DE TRISTEZA
TEMPO DE TRISTEZA
O frio gela o peito do poeta,
congela a poesia em seu viver.
Concorre para a vida acontecer,
bem longe do sabor de sua meta.
Buscara o amor da forma mais correta,
como se um prêmio fosse merecer.
Nem viu quando chegou o anoitecer,
o tempo em que a tristeza se projeta.
Num murmúrio suplica apaixonado:
-Volte, amor, aqueça-me a costela!
- Faça meu céu de novo enluarado!
E o vento sopra frio na janela,
zombando do poeta abandonado,
Que chora, no soneto, a ausência dela.