COMO SOU POBRE DE TI...

Da distância nasceu em mim este apego doentio,

Não bastasse a paixão que nutro a vida inteira por ti,

O mundo não é tão pequeno, mas irei encontrar-te.

Ah, como apagar tua lembrança; fingindo que morri?

Por que sei de ti e na minha solidão, apenas feneço

Como adoraria afagar teu corpo, teus cabelos macios

Beijar agora teus lábios quentes, brilhantes, maliciosos

E dormitar entre teus sedosos e intumescidos seios vadios.

Quero correr o perigo de arrancar-te do teu sacro ninho

Por que sei que existe perdão para as insanidades do amor

Loucura é pouco para o que posso fazer por necessidade de ti...

Sequer um minuto do teu calor, e seria para sempre feliz

Da-me duas horas de uma tarde de verão contigo, com teu glamour

Há... Então gritaria e choraria para a vida, como no dia em que nasci.