PLEBEU, ESCRAVO DA POESIA

Acordo de madrugada molhado,

Coberto de suor, em plena luta,

Travada nos sonhos pela disputa,

Do teu corpo senhor do meu pecado.

Eu na minha fábula sou aclamado,

Como alguém de indisfarçável conduta.

E que salva a princesa, a qual reluta,

Entre mim, plebeu, e o príncipe encantado.

Contudo, sou só um despido poeta,

Escravo em minha própria poesia,

A qual se encontra ainda incompleta.

Preciso antes compor a fantasia,

Para minha derradeira vinheta,

Então, salvá-la-ei com ousadia.