Como quando do céu mais tormentoso
Como quando do céu mais tormentoso
o pássaro, lasso ora maltratado,
d’úa rija lufad’em salvo alado,
só procura um abrigo, paz e gozo,
e jura que, qual um esperançoso
e fulgurante sol é despertado,
nunca desistir vai, mas cai, prostrado
pelo muito ventar dificultoso,
dessa forma, Senhora, eu, que do canto
de voss’olhar fugia, pra deixar-te,
temendo não mais em outra conter-me,
em minh’alma, que sente voss’encanto,
dou-m’a paixão de ver-vos, pra chamar-te
em tal Zéfiro que à pude esquecer-me.