Inevitável
Ao ver-te olhando-me naquela esquina,
Repleto foi meu peito d’infinda alegria,
Nos olhos meus podia-se ler a poesia
Que inaugurava nossa benfazeja sina.
Os sonhos todos daquel’alma menina
Viram voltar-me ao peito a fantasia,
Já ha tempo, tanto, meu olhar não via
Tua presença tão magnética, tão fina!
E vê só, são as artimanhas do destino:
Escolhestes a mim e eu a ti, de ha tanto...
Escapastes de mim e eu de ti, anos a fio...
E agora meu coração, esse eterno menino,
Repousa feliz embalado pelo acalanto
Do nosso amor... Antes certo que tardio!