ALCOVA DE VERSOS

Entusiasmados abriram-se os meus olhos

Manhã luminosa derramada em mi ’alma

Orvalhos de lembranças a verdejar os versos

Como canção tão simples entoada pelos cantos

Com a emoção transfigurada em letras nos versos

Abre-se a folha a sentir a ranhura da pena na pele

Faz-se alcova para o poema que geme nas entrelinhas

Leito de amor ardente entre a poesia e o poeta

O sentimento desperto na quietude da espera

Dá cabriolas saudáveis no meu peito saudoso

Bardo saltimbanco a versejar cantigas na noite

Os versos vivificados no calor da saudade aberta

Deitam-se no papel como manhosa poesia de amor

E ama ao poeta quando em canção se doa ao mundo.