BRINDE À SOLIDÃO.


Elevo a taça e brindo à solidão,
quando cai a tarde e chega muda a noite,
enfrentando tua ausência como açoite.
Na mente, nossos beijos de paixão.
 
Brindo às estrelas, quando o dia se vai...
Bebo vinho ao pingar o teu sereno,
mais um trago lembrando teu veneno,
que só seduz no afago que me faz.
 
Viva a vida e este bravo amor bandido!
Brado a dor que estraçalha o pobre peito.
Um riso que ecoa amargo no infinito.
 
Bebo da madrugada o orvalho puro,
vejo quando alvorada entrega ao leito
estrelas, que se batem em céu escuro.

 
  
 
Sempre feliz em ter os belos versos do Poeta Oklima em minha página. Obrigada, amigo.

Seguindo os passos da poeta Elen Nunes em seu belo soneto...
                                                           Odir, de passagem




SOLITUDE

                      
Meu coração, carpindo a solitude,
qual um relógio ao tempo dando voltas,
sondando cenas na saudade envoltas
fica a bater paixões da juventude!

Meu pobre coração, como se ilude!
Pesa os meus pensamentos de revoltas,
crê-los de paz e tem-nos como escoltas
para pulsar amor mais amiúde.

Abastado de afeto e de carinho
solta sonhos sonoros no meu peito
como se fora de paixões um ninho.

Enquanto eu, insone, insatisfeito,
sofro as sevícias de sonhar sozinho,
à sina de ser só há muito afeito.

Amores que perdi pelo caminho,
encontrá-los agora... de que jeito?

  


Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 23/06/2011
Reeditado em 25/06/2011
Código do texto: T3053425
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