O Poeta Feliz

Nos longos dias de desalento e de tristeza,

De quando a vida se torna lenta e enfadonha,

A recusa de sucumbir à dor tão medonha

É a única forma de se buscar alguma leveza...

O primeiro ímpeto é se entregar à aspereza,

Se deixar arrastar pela monotonia do lamento,

Mergulhar pra sempre na agonia do sofrimento,

Esquecer de vez que há no mundo cor e beleza...

Mas o que pode o pobre poeta contra o sentimento

Que o dotou, desde o nascedouro, do bom coração

Que o faz primar pela felicidade e pela alegria?

Nada pode fazer para perdurar a dor do tormento,

Pouco a pouco retorna, rindo e falando com mansidão,

E põe adormecida toda a agrura da vil agonia...

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 28/06/2011
Código do texto: T3062491
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