BÊBADO

BÊBADO

Incrivelmente bêbado, seguia

somente conduzindo uma saudade,

as lembranças de sua mocidade,

seus mistérios de amor e fantasia.

Tropeçava no pranto e maldizia

a vida à margem da sociedade.

Buscava na bebida a qualidade

que sóbrio certamente não teria.

Queria ser um mágico poeta,

andar igual à nuvem que flutua.

Faria tudo pela sua meta,

conquistaria o céu, o mar, a rua.

Mas tinha uma vontade mais concreta:

sugar os seios pálidos da lua.

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 28/06/2011
Código do texto: T3062807
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