AMPARO MATERNO

E toda afeto, embala a sua criancinha

que protegida, adormecida nos seus braços

desvenda mundo lindo em sonho que se aninha.

Ah tanto amor, ah tanta paz, maternos laços.

E a tal criança, do seu corpo, bem mansinha,

sorve o alimento e se prepara para os passos

iniciais, rumo ao destino que se alinha

à sua frente, pouco a pouco, em finos traços.

Filhinho em mãe, seu lar, abrigo abençoado...

Vivendo bens, sorrindo à dócil acolhida...

Deleite casto da manhã de um dia claro...

Mas... lamentável! O viver tão maculado

logo lhe mostra sua garra, a presa, a brida,

o separando para sempre desse amparo.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 06/07/2011
Código do texto: T3078324
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.