Soneto do Vento
Quando morrer serei vento
primeiro pé depois tormento
e sendo assim livramento
cantarei pelo tempo
Quando morrer serei vento
veloz, errante, voraz, sedento
cavaleiro dos momentos
sentinela e sentimento
E soprarei de sul a norte
aos ouvidos mais atentos
palavra, poesia e acolhimento
E soprarei nos descaminhos
meu eterno encantamento
de quando morrer ser vento