Soneto do Vento

Quando morrer serei vento

primeiro pé depois tormento

e sendo assim livramento

cantarei pelo tempo

Quando morrer serei vento

veloz, errante, voraz, sedento

cavaleiro dos momentos

sentinela e sentimento

E soprarei de sul a norte

aos ouvidos mais atentos

palavra, poesia e acolhimento

E soprarei nos descaminhos

meu eterno encantamento

de quando morrer ser vento

Marco Araujo
Enviado por Marco Araujo em 05/12/2006
Código do texto: T309877
Classificação de conteúdo: seguro