O AMOR QUE MATASTE

O AMOR QUE MATASTE

Sá de Freitas

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No princípio eras como amante ardente:

Em teu corpo meu corpo se aquecia;

Teu olhar inspirava-me poesia;

Teu sorriso era lindo e transparente.

Mas com o passar do tempo, lentamente,

Foi surgindo, por mim, sua apatia...

E seu desdém crescendo dia a dia,

Faz-me querer viver de ti ausente.

Porque nas longas noites, sem carinho,

Contigo, em nosso leito, estou sozinho,

Sentindo-me "tão nada", tão pequeno!

Preferível é viver andando incerto,

E dormir contemplando o céu aberto,

Mas sentindo as carícias do sereno.

Samuel Freitas de Oliveira

Avaré - SP - Brasil

Sá de Freitas
Enviado por Sá de Freitas em 19/07/2011
Código do texto: T3104870