EFÊMERA

Sinto o véu da tristeza inundar-me

Como traiçoeira viajante

A querer possuir-me delirante

Feito sombra a procurar-me.

Não, não existe para este ser a saída.

Que se condena apenas a transitar

Feito folha seca ao vento a rolar

Embaixo das sombras desta efêmera vida.

Não, não haverá lugar onde possa ficar.

Nas ruas passos apressados a seguir

Passam... lado a lado sem intervir

Na dor que sufoca sem ninguém p’ra ajudar.

Mas ninguém se dá conta no que vê

É mais um... entre milhões, este ser.

Belém, 22/08/09 – 14h58

Angela Pastana
Enviado por Angela Pastana em 20/07/2011
Código do texto: T3107897
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