MEUS VERSOS

Componho versos arrancando do meu cerne

os meus anseios, os meus medos, frustrações.

Porque mantê-los dentro d'alma traz sezões

brutais, severas de revolta, iroso berne...

Meus versos dançam, permitindo que se alterne

o quê de bem com quê de mal nas emoções

que giram tanto, em desvairar zeloso, incerne...

E a minha vida, então, contida em turbilhões...

E são vitais, meus versos são os meus amparos

por este mundo que me cospe os féis amaros...

Quão impossível esquivar-me da poesia!

Vinde, meus versos, a cobrir-me em vossos mantos,

em vossa glória que, de ardores, faz encantos...

Vinde salvar os meus resquícios de alegria!

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 21/07/2011
Código do texto: T3108624
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