VALOR DA PRENDA

Não julgue as aparências, tire a venda

Desses seus olhos que lhe cega e vá,

E consequentemente enxergará

A verdadeira cor de uma oferenda.

Se acaso alguém lhe der um mimo, entenda

O que por trás daquele gesto há,

Nunca se esqueça que o valor da prenda

Está no coração de quem a dá.

A gente pode às vezes desprezar

Uma concha trazida pelo mar

Porque valor nenhum lhe concedeu.

Bastava abrir as valvas e mais nada,

Quem sabe encontraria a nacarada,

Que o generoso mar ofereceu!

Raymundo de Salles Brasil
Enviado por Raymundo de Salles Brasil em 06/12/2006
Reeditado em 30/12/2006
Código do texto: T311002