CASTELOS RUÍDOS

Nos idos da infância, aprendi a sonhar

e então, adotei tal prazer como ofício,

eu fiz, sendo assim, ser possível voar

usando a ilusão, mais nenhum artifício.

Vivi, com as fadas, estórias antigas...

Morei nos castelos soberbos, tal rei...

Brinquei com estrelas, sinceras amigas...

Amei, fui amado e, do amor, fiz a lei...

Mas hoje meus sonhos não surtem efeito,

eu tento voar... viajar... Não tem jeito!

Sou preso no chumbo do mundo tão triste.

Ai, dócil infância, que doida saudade!

Aquele poder de enfeitar a verdade

ficou no passado, hoje o encanto inexiste.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 25/07/2011
Código do texto: T3116900
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