SONETO PARA A CIDADE

Dos pontos altos dessa cidade

Admiro a beleza das luzes

Que a noite insiste em mostrar

Assim como o tempo, nossa idade

Já me sinto completamente longe

Da minha juventude de anos atrás

É o tempo dessa cidade que cresce

E nos envelhece muito, muito mais

E essa cidade não foi planejada

E nela, a minha vida também não

E na capital dos meus sentidos

Sinto minha alma desgovernada

Não sou um ser, sou apenas cidadão

Lamentando todos os anos perdidos

Adolfo Souza Filho
Enviado por Adolfo Souza Filho em 27/07/2011
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