À Amy Winehouse

Foi-se artista, e a vida, embora triste,

Às multidões cantasse tão brilhante...

Fora a última quimera agonizante

Dum frágil sonho em flor que inda persiste!

Ardem os versos, lágrimas sensíveis

Ao silêncio agora casto, incessante...

Platéias áureas, fúria inebriante:

- Paraíso de prazeres comestíveis!

Choram as náuseas abjetas tão somente

Numa amarga e comovente nostalgia

As vivas cores de um sentir doente!

Foi-se a vida à viração londrina

(Pulveris est) rosa d’agonia!

E já descansa morta, plácida heroína!

Eduardo Cassilhas
Enviado por Eduardo Cassilhas em 28/07/2011
Código do texto: T3123477
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