Soneto Seco

Precipitando a madrugada

a chuva não chegou

Dava dó ver tanta gente

dando nó em pingo d’água

Depois do amanhecer

o tempo não mudou

Nem amor, nem alegria

nem tormenta ou calmaria

Pane seca, sol a pino

fritura, meio-dia

correria, banco, loteria

Fim da linha

ruptura, pinga, rapadura

e nem sinal de ventania

Marco Araujo
Enviado por Marco Araujo em 08/12/2006
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