O POETA E SUA DOR
O POETA E SUA DOR
Ah! Os babados que escrevemos,
Ninguém pode imaginar
Que também a dor, descrevemos...
Nos versos dedilhados para desafogar.
Se soubessem o que um poeta sente
Não haveria maus pensamentos,
Antes saberiam por que o poeta mente
Em seus breves e tortuosos momentos.
Quão dilacerados vão aos seus versos
Pelas dores que na alma e no coração
Sente, da flecha que circula no reverso...
Esquivando-se dos desprazeres mórbidos
E não é inatingível o coração do poeta,
Mas num faz de conta, é ideal em pedra!
Mada Cosenza