O CANTO NOTURNO DAS ALMAS LIVRES

O canto noturno das almas livres

ecoa sobre os muros concebidos

pelas mãos decrépitas de anjos,

anjos negligentes, imprecisos...

Por ora um silêncio aterrador

no deserto lúgubre da rua

varre os lábios cálidos das horas.

Esta solidão que insinua

a frágil madrugada que se segue;

estrada ladeada de reclamos

- o canto noturno das almas livres.

O tempo se apressa, corre a noite

desapercebida dos mistérios

que nem mesmo nós, sequer, notamos.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 05/07/2005
Reeditado em 31/08/2006
Código do texto: T31299
Classificação de conteúdo: seguro