MEU CADERNO

Refaço rumos de meus passos no passado

a folhear a minha história no caderno

destas lembranças me envolvendo no bailado

de suas manhas, suas sanhas, céu e inferno.

E toco traços, marcas que hoje são estranhas

aos meus matizes e valores tão sombrios

a mim impostos pelas torpes artimanhas

das convivências sociais, seus desvarios.

Entre rabiscos, há desenhos bem singelos

e coloridos com os sonhos, meus castelos,

eu me revivo na inocência renascida.

Assim percebo, felizmente, nessas folhas,

que as garatujas dos enganos, más escolhas,

não conseguiram estragar-me a cor da vida.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 04/08/2011
Reeditado em 17/04/2014
Código do texto: T3138384
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