Fio

Brumas botulínicas a encontrar em mim, lisuras

Prendam-me às vestes que trago ao lado

Resigno-me a viver entre alcatéias mudas

De cravos, romãs e expectativa em prado.

Tórrido chá de avelãs e idade

Que tomo pela manhã de sal

Algo dulcíssimo, pinha e Jade

Nota breve, teor desigual.

Sangue dum véu asiático

Melífero céu assaz tal

Condroma verde, apático.

Esteira a subir faceira

Festa em bote de prata

Verdade, azedume, fieira.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 09/12/2006
Reeditado em 09/12/2006
Código do texto: T314029
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