Lord Byron e a taça da embriaguez...

Algo dentro de mim devorou o gênio

que sonhei ser, desgosto! Acentuou-se

toda desesperança em mim, firmou-se

loudando um porvir brando a voz do escárnio!...

Sem pensamento cândido; acalentas

um suicídio de um bardo neste crânio!?...

Esperanças!?.. Somente se eu for sânio,

fogem todas, sorrindo, macilentas...

Nada de cruz no meu peito e apresenta

meus confins se já veio levar-me afundo,

levar virgem meu sonho que ainda atenta!

Oh! Satanás do meu estro cheio de dor;

meu espírito se esvoaça tão profundo...

Que se desfez a febre desse amor!

claudio maia

05-02-2001.

claudio maia
Enviado por claudio maia em 08/08/2011
Reeditado em 15/12/2021
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