Nenhum lado
Vasculho-me, buscando a outra parte
pois, a que deixaste, nem existe...
Habita em mim o lado triste,
inerte como obra de arte;
Teu nome fica como estandarte,
a desfraldar o que em mim resiste
e, é esta parte morta quem assiste,
o que o destino friamente reparte...
Resta definhar essa metade
sem lembrar do tempo passado,
quando havia ainda dualidade...
Agora, um coração derrotado!
Por isso, sem forças, não mais brade,
talvez, nem tenha mais nenhum lado...