Soneto de coração que se revela

E o coração se manifesta apenas quando o calar-se

prescindia... sentia o calar-se a fugir de mim

Dizer o que nem me tinha no amor encontrado jeito

E nem mais amor e nem mais dúvida! Encontro fim!

O coração, esse mal errante que se faz inóspito e faz

Desfaz a covardia há tanto guardada, se rebela

Entrega-se... desvenda o segredo guardado com tanto medo

e pejo... no beijo que lembro e por lembrar me regenera!

Esse que te tenho, sentimento estranho, eu já conheço

Te contei diante do teu silêncio e do verbo dos olhos

Me entrego! Te segredo onde mais me perco!

E o pobre coração acorajou-se em tamanha valentia

E não mais mentia! Se fez revelar o mistério guardado

o pecado! justamente quando teu novo silêncio exigia cuidado!

dhália
Enviado por dhália em 14/12/2006
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