NÃO VEM

Na incessante busca da poesia,

A palavra procuro, mas não vem;

A folha em branco a mim contagia,

E a rima foge esquálida também...

E tento começar: “Amanhecia...”

E o sol,o orvalho, nada me convem,

Um outro verso faço: “ Tarde fria.

A névoa da saudade cai...” Porém

A inspiração não fica. Vai – se escoa.

Desisto de escrever alguma loa.

Num livro refugio-me no momento...

Pois escrever por tergiversação,

Que graça tem? – do quê adianta então?

Da letra provo e faço meu alento...

23/O8/2O11

Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 23/08/2011
Código do texto: T3177854
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