Soneto da saudade

Lá, bem dentro dos meus olhos

De onde minha alma tudo vê

Tem uma fábrica de sonhos mortos

E de poesias que ninguém quer ler

Há também um depósito de lágrimas

Armazenadas com tristezas e saudades,

Saudades antigas, saudades de agora,

De lágrimas velhas e de tenra idade

Lá, bem no fundo dos meus olhos

Onde só minha alma pode chegar

Tem um verso ainda para acabar...

Um verso louco de rimas soltas

Um verso triste de prantos frios

Um verso amargo de palavras rôtas.

José João

jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 26/08/2011
Reeditado em 08/10/2012
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