PORCELANA

Porcelana tardia que compõe
um passado que nunca foi verdade
- na luz, fantasiada e perdida,
somos anjos de cor e ventania.

As imagens permitem devaneios,
vertiginosos vôos pelas manhãs,
enquanto pinto linhas insuspeitas
reproduzindo formas no vazio.

Não faço o mínimo sentido assim,
compondo poemas sem princípio, plenos
de metáforas frágeis, sempre inúteis.

Somos anjos de cor e ventania,
espectros afastados da moldura,
mágica reticente que cintila ...

 

Parte da coletânea
Alguns sonetos que fiz por aí...

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