Minha pobre alma

Meus versos gritam a dor que vem da alma

Por que a voz seria pouco, coitada, nada diria

É tanta dor que o peito arfa no desejo de gritar

Mas permite apenas que os soluços possam falar

Vou ao mundo andando triste, passos bebados

O horizonte, parece que de mim se escondeu

E a alma louca, alucinada, aos versos pede:

Grita essa dor que em mim nunca morreu

Das lágrimas, os versos fazem tristes gritos

E deles o eco mudo, aflito corre o mundo

Tropeçando no vazio como pobre moribundo

A angustia toma vida e de companheira se faz

Da alma que, coitada, de viver nem pode mais

Mas senta no tempo e vê que nem de morrer é capaz.

jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 28/08/2011
Reeditado em 28/08/2011
Código do texto: T3187616