Destino

Quando sente chegar o fim de um livro,

o poeta está de rimas esgotado,

satisfeito por mostrar que ainda está vivo

mas de um momento de paz necessitado.

Ele precisa conhecer outras paisagens,

que serão de novos versos o cenário

por onde circularão os personagens,

tanto os reais como os imaginários.

Mas a mente do poeta não descansa;

contrariando o corpo ela se lança

em uma nova e cansativa empreitada.

E com a folha em branco à sua frente.

começa a busca das rimas novamente

até o poeta chegar ao fim da estrada.

Amaury Nicolini
Enviado por Amaury Nicolini em 29/08/2011
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