EXÍLIO DE EMOÇÕES

Apunhalámos os desejos. Condenados

Com sadismo, com raiva e agonia

Sem consciência nem tréguas. Quem diria

Que os espinhos florescem mutilados?

Desembarquei em ti. Assassinado

Sem revolta! Sem ódio. Em vida

Incendiado por dentro, alma ferida

Ao sabor do teu sorriso deportado.

Amputámos as pernas da vontade

Executámos a razão ao anoitecer

Quando mais não líamos que a verdade

Procurámo-nos demais, até doer

No exílio, na demência, na saudade

onde tudo vale... Até morrer!

autor: Josalvespt

Josalvespt
Enviado por Josalvespt em 29/08/2011
Reeditado em 30/08/2011
Código do texto: T3188748
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