Soneto à Solidão

o tudo que perdi foi a qual onde?

em que céu planam os planos do meu céu?

e que som vingará do que foi meu

desta música que ao meu alto esconde?

mas da minha alma nunca cala a fonte

nem a voz que em silêncio prometeu...

há no que finda o erguer desse troféu

e um olhar desde o barco de Caronte...

do que morri retiro minha espada

do que não fui eu sagro o meu maldito

há uma águia que se oculta entre o meu nada

e um nada que me águia ao infinito...

há uma flor que de si mesma se escada

deste horror que do meu alto eu te escrito...

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Alessandro Reiffer
Enviado por Alessandro Reiffer em 02/09/2011
Código do texto: T3197629