A ILHA

Amigos dos tempos faustosos de festas

e juras diversas de amores, lealdades,

dos vinhos, canções e paixões e serestas,

dos tempos, enfim, que sorriam verdades...

Os meus companheiros de todas as horas,

que sempre ao meu lado brilharam virtudes,

clarearam comigo, abraçando as auroras,

pintando, em crepúsculos, sóis de atitudes...

Amigos, amigos dos tempos floridos,

dos tempos de afagos nos dotes queridos...

Fulgiam as luzes! Ah... tempos do sim!

Pois hoje estou preso a grilhões de abstinências

nas celas das minhas bestiais dependências...

E os grandes amigos sumiram de mim.