Soneto de amor sem que sempre é triste
O amor me olha com olhos que transcendem o verbo
e cego vou! E já não posso andar!
Nada mais espero ou quero... compreendo ou entendo
Só a falta que me basta... de tanto a procurar!
Apostei minha última moeda em caixa vazia de música
para dançar e deslizar e escorregar na minha vida
E nada e tanto... e tão pouco o velho sonho
que de todo amor somente resta partida!
Busquei esta imagem, este afago, esse canto triste
E nada mais existe... só a falta que se faz, enfim...
E meu abraço, minha alma... nada mais resiste!
E vivo escravo dessa vontade que nem vive em mim
Porque sei que todo amor não se transmite
E só incide porque sempre é triste no fim!
*Eu sempre vou... mesmo com dor... mesmo parada!