Soneto de amor sem que sempre é triste

O amor me olha com olhos que transcendem o verbo

e cego vou! E já não posso andar!

Nada mais espero ou quero... compreendo ou entendo

Só a falta que me basta... de tanto a procurar!

Apostei minha última moeda em caixa vazia de música

para dançar e deslizar e escorregar na minha vida

E nada e tanto... e tão pouco o velho sonho

que de todo amor somente resta partida!

Busquei esta imagem, este afago, esse canto triste

E nada mais existe... só a falta que se faz, enfim...

E meu abraço, minha alma... nada mais resiste!

E vivo escravo dessa vontade que nem vive em mim

Porque sei que todo amor não se transmite

E só incide porque sempre é triste no fim!

*Eu sempre vou... mesmo com dor... mesmo parada!

dhália
Enviado por dhália em 17/12/2006
Reeditado em 17/12/2006
Código do texto: T321114