Soneto de Janelas

Se fechas tuas janelas e as rosas murcham em

redomas de vidro! Vivo na janela... espera!

Infindável espera... te encontro com janelas fechadas,

caladas e vazias... os pássaros, as cores, a vida!

Minhas janelas, por onde timidamente te vigio

Espio pela fresta... da janela! De ação tão vil

de frente para tua janela! Em frente... tente... sente?

minhas janelas receptivas... te esperando de braços abertos!

Tuas janelas fechadas, minhas janelas com medo

Eis o segredo... dúvidas tanto guardadas

eis meu segredo: o medo!

Janelas fechadas com sorrisos tristonhos

Nada mais imponho ou espero... só a falta

que não vai, vai e vai... mas passar, não passa!

porque tudo que escrevo fala de amor... e eu que nunca nem tive amor!

dhália
Enviado por dhália em 17/12/2006
Reeditado em 17/12/2006
Código do texto: T321130