Soneto de Janelas
Se fechas tuas janelas e as rosas murcham em
redomas de vidro! Vivo na janela... espera!
Infindável espera... te encontro com janelas fechadas,
caladas e vazias... os pássaros, as cores, a vida!
Minhas janelas, por onde timidamente te vigio
Espio pela fresta... da janela! De ação tão vil
de frente para tua janela! Em frente... tente... sente?
minhas janelas receptivas... te esperando de braços abertos!
Tuas janelas fechadas, minhas janelas com medo
Eis o segredo... dúvidas tanto guardadas
eis meu segredo: o medo!
Janelas fechadas com sorrisos tristonhos
Nada mais imponho ou espero... só a falta
que não vai, vai e vai... mas passar, não passa!
porque tudo que escrevo fala de amor... e eu que nunca nem tive amor!