Morrer...

Como na metamorfose, da lagarta à borboleta...

Morro a cada instante longe de meu pai.

Vejo nesses dias distantes de sua voz...

O quanto sua falta a mim esvai.

Quando encontro as pedras dispostas no caminho...

Lembro do meu ninho de um tempo atrás...

E percebo sem viço o quanto seu martírio...

Fora amar demais.

Pai, desvelado amigo, o verdadeiro e mais brando...

Dos meus afetos reais...Hoje está em Terras...

Mui retiradas, nem sei onde ficam, ou com quem andais...

Só sei num vislumbre, que viver sem ti...

È morrer sem paz, é correr entre espinhos...

É entoar um canto mordaz.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 12/09/2011
Código do texto: T3214966
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