Peito Morto

Meu peito é uma imensa caverna

De sangue e escuridão, repleta

Ali dentro, um monstro hiberna

E ronca numa sonolência inquieta

Esse monstro, já não me governa

Seu sussurrar já não me afeta

Pois sua lamentação eterna

Eu calei a golpes de baioneta

Me perguntam porque não amo

Por que nunca cedo a uma paixão

E os meus versos, não mais declamo

Respondo sempre, sem emoção

A criatura, que de monstro, eu chamo

É nada mais que o meu sonolento, coração

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 14/09/2011
Código do texto: T3219377
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