OUSADIA
Ousara oferecer-te a madrugada
Partilhada no teu corpo, noite fora
Em lençõis de púrpura, imaculada
Sob o luar que ciumento te namora
Quisera imolar-me em teu sorriso
Escutar as palavras que não falas
Que sente, te queimam, mas que calas
Confundindo-as em frases de improviso.
Sonhara desenhar-te a finos traços
Esculpir-te em cristal, resplandescente
Adorar-te como deusa, eternamente
Até o corpo doer de tanto amar
Desejando que um dia ao acordar
Me encontrassem fundido nos teus braços.
josalvespt