SE...
Se ao fim de cada dia eu tivesse
um coração ardente à minha espera,
se outra vida que não esta, eu vivesse,
sempre em mim estaria a Primavera!
Se nesta inquietude eu não estivesse,
se fosse outra e não esta, a minha era...
Se enleada no Amor me mantivesse,
eu tudo trocaria por tal quimera!
E vivendo da paixão a turbulência
ao ser sugada pelo Amor na sua teia,
poria um fim à minha ambivalência...
Sentiria o pulsar da vida em cada veia.
Saborearia o gosto dessa experiência,
como a de ter entre os dedos grãos de areia!