Casca

Caos em que transito,

Plástica, orgânica, cidade,

Diante da verdade hesito,

Furtam-me a privacidade.

Mundo cinza, sarjeta,

Fumaça, beco, cruzamento,

Aglomeração de todo abjeta,

Torna o tédio movimento.

As ruas, exercício de repetição,

Nos entregam seguinte constatação,

E da metrópole tiram o brio...

No cotidiano que uniformiza,

E simplesmente sintetiza,

O me tornar casca, me deixar vazio!

Raoni Barone
Enviado por Raoni Barone em 30/09/2011
Reeditado em 02/10/2011
Código do texto: T3250110
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