Casca
Caos em que transito,
Plástica, orgânica, cidade,
Diante da verdade hesito,
Furtam-me a privacidade.
Mundo cinza, sarjeta,
Fumaça, beco, cruzamento,
Aglomeração de todo abjeta,
Torna o tédio movimento.
As ruas, exercício de repetição,
Nos entregam seguinte constatação,
E da metrópole tiram o brio...
No cotidiano que uniformiza,
E simplesmente sintetiza,
O me tornar casca, me deixar vazio!