Soneto da Perdição
Tu és a fina camada do prazer
que geme em pensamentos e desejos
consolam-se os meus lábios em seus beijos
na imagem que gerastes em meu querer
No impulso da vontade de te ter
rasguei o véu que impedia os cortejos
e ao encontrar ali tantos ensejos
Fechei os olhos da razão pra me perder
E ao tocar a carne quente suavemente
não pude me conter em querer mais
Ainda que um simples toque leve e envolvente
Agora que em mim um vazio se faz
enquanto sei que a razão parece-me que mente
ao dizer que não posso apetecer-te mais.