NÍVER

Vinte e dois de dezembro! Mais um ano

Pela ampulheta o tempo logo escorre.

Mais um sonho se acaba, soberano,

E uma nova esperança, triste morre.

O tempo passa e deixa o desengano

Como ressaca de tremendo porre.

As ilusões se vão num mar insano

E não há o que fazer! Ninguém socorre!

E vemos, tristes, com um certo enfado,

Reminiscências do feliz passado

Enterradas nas cinzas da saudade!

E querem que eu assopre uma velinha

Sobre o bolo da vida, tão curtinha,

Enquanto aumenta mais a minha idade!!!

Lucan
Enviado por Lucan em 22/12/2006
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