Poeta Finge?

Dizem que o poeta não sente, que finge

Situações para nos poemas rimar,

Que com palavras vazias o papel tinge,

Não é sentimento, é só frio versar...

Falam que escreve o que não o atinge,

Que nada sente, que só quer criar...

Que dores inventa, nada restringe,

Só almejando corações emocionar...

Falam de inverdades no tal prosear,

Que a sensibilidade que tanto alardeia,

Só existe para outros sensibilizar...

Diante disso, não sei em quem acreditar,

Se é fingimento que nas poesias campeia,

Porque ao escrever, lágrimas tenta ocultar?

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Bela e inspirada interação do Poeta Inaldo Santos...

Obrigada Inaldo, teu soneto e lindo...adorei!

FINGINDO EM VERDADE

Poeta não finge, cria versos, não os sentimentos,

Pode ser os seus ou do eu lírico, mas não fogem,

Sentimentos oculta quando é preciso momento,

Ou se abrem, em cortes e feridas que eclodem.

Fingir jamais. Maior que este ato é o do medo,

Que lhe descubram ocultas antigas desilusões,

Pode expô-las como lírica, escondidos beijos,

Pensando nos desejos negados amores prisões.

Do sulfato na garganta das presas palavras,

Corroeu aberto peito na carne tal qual larva,

Embora, quase morto, conseguia escrever.

Não se sabe se da profunda dor que sentia,

Ou em ode a amada mulher que o desfazia,

Amando, não fingia do mal a lhe abater.

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Inspirada interação da Poetisa Maria José...Obrigada Maria

pelos lindos versos...amei!

Se poeta é fingidor,finge muito bem

pois a dor que finge ter

é igual a dor que de fato sente

e quando fala do amor, não é nada diferente!

(Maria José)

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Lindíssima interação do Poeta oklima...

Obrigada Odir teu soneto é simplesmente

maravilhoso, adorei!

O POETA

Odir Milanez

O poeta, em seu mundo imaginário,

esboça cenas cheias de paisagens,

imagina caminhos e viagens

de seus passos no espaço visionário.

O real não lhe é tão necessário.

Quando muito, auxilia nas montagens

dos poemas, no alcance das miragens

além da luz do pensamento vário.

O poeta não é um fingidor.

O poeta é um ser transformador

da própria dor que sobre si desabe.

Um grande privilégio ele detém:

fingir que já não sente a dor que tem,

embora dor de amor jamais acabe!

JPessoa/PB/17.10.2011/oklima/

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Linda e inspirada interação do Poeta Walter de Arruda...

Obrigada Walter, teus versos são lindos, adorei!

O poeta encanta o mundo...

Encantando a si mesmo...

Faz dos sonhos seu abrigo...

Das estrelas tece o ninho...

Ao Poeta desde...

Pequeno tudo o exalta...

Nada lhe escapa ao sentir...

E sempre onde estiver, o Amor...

Que se derrama do coração...

É imenso e tanto...

Que pode até...

Fazê-lo sofrer...

Mas isso passa...

Porque seu coração...

É coração de criança...

Sempre vive a aprender...

Nunca está guardando mágoas...

Nem rancores...

Não aceita...

Ele não parece morar...

E ser deste mundo...

(Walter de Arruda)

ania
Enviado por ania em 06/10/2011
Reeditado em 18/10/2011
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