Anelo

Ah! de um tempo imêmore remonta

sua saudade de ser estrela

de passar o poeta a entretê-la

da madrugada nua à aurora tonta.

E se a dor do abandono e da afronta

noutra noite a pasmasse na janela

se não à estrela, choraria à vela,

na pedra fria ou varanda absconsa.

Ah! Poetas e noites, madrugadas

todos padeciam de amor ao vê-la

e a mulher ciente de ser amada

indiferente a tudo o que nela

é lira súbita e enluarada

encantava o casto, incauto e sentinela.

claudia lidroneta
Enviado por claudia lidroneta em 06/10/2011
Código do texto: T3260976
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