Soneto às flores do outono de Vivaldi
Fosse uma flor de um chão primaveril
ainda que vulgar e sem perfume,
quiçá um beija-flor infante, implume...
à espera de um botão que não abriu.
Fosse o piscar de luz de um vagalume
traído pela luz de um sol de abril,
quiçá uma paixão que descobriu
o cheiro inebriante do ciúme.
Fosse uma nota a mais na melodia,
um verso a debutar na poesia
bem antes que o soneto chegue ao fim.
Fosse Bocage à sombra de Camões,
teria achado tantos corações,
que um deles serviria para mim.
Fosse uma flor de um chão primaveril
ainda que vulgar e sem perfume,
quiçá um beija-flor infante, implume...
à espera de um botão que não abriu.
Fosse o piscar de luz de um vagalume
traído pela luz de um sol de abril,
quiçá uma paixão que descobriu
o cheiro inebriante do ciúme.
Fosse uma nota a mais na melodia,
um verso a debutar na poesia
bem antes que o soneto chegue ao fim.
Fosse Bocage à sombra de Camões,
teria achado tantos corações,
que um deles serviria para mim.