-R A S T R O- (Juneto)

Meu mundo louco a meio mastro

Pisando, vago em nau sem lastro

É a dor no peito sem o emplastro

A vagar no universo, como astro

É essa tristeza, que eu me alastro

E vejo, como lápides de alabastro

Sentimentos qu'eu não me castro

Viver dos sonhos que não mostro

Alma de animal qu'eu não adestro

Já neste corpo só sou um monstro

É esta existência, tal meu claustro

Se, preso à cela deste orbe, ilustro

Deste mundo podre eu me frustro

Que quero sumir sem deixar rastro

Valdívio Correia Junior, 10/10/11

Juninho Correia
Enviado por Juninho Correia em 10/10/2011
Reeditado em 10/03/2024
Código do texto: T3268997
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