O QUÊ RESTOU?


Inspirado no poema do amigo Deley
"O que restou de mim"


O que restou de mim? – Não sei dizer...
Talvez só cinza fria – melancólica –,
Talvez alguma música eólica,
Talvez uma tristeza em meu ser...


O que restou? – Talvez não queira ver,
Uma lembrança ácida – alcoólica –,
A sombra de uma imagem mais bucólica,
Que outrora era; e, hoje é fenecer...


O quê restou? – Talvez só a clausura,
De uma alma na lama da amargura,
Que sofre por estar dilacerada...


Restou um ranço azedo da entrega,
E uma alegria enferma – triste cega –,
E uma fé morta; então não restou nada.

 
17/O9/2O11
Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 10/10/2011
Reeditado em 11/10/2011
Código do texto: T3269269
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